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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Alan Seixas Onde estão os campos de várzeas?

Onde estão os campos de várzeas?

Dois ou três boleiros, de cada várzea, que tenham chegado a clubes grandes, decerto ajudaram boa parte da família, e amigos, e conhecidos, quiçá a rua ou o bairro inteiro.

Há também quem não seguiu pelo futebol. Não quer dizer, porém, que o campinho não tenha ajudado a manter parte deles longe das drogas e da violência. Porque a bola, para essas crianças e jovens, não é apenas diversão. É enlevo, uma experiência mágica. Ali, entre um drible e outro, entre um gol e outro, esquecem de tudo: da hora, das más companhias, do sofrimento, da fome…

Amizades de vida toda nascem nos terrenos de pelada. Histórias sensacionais são pescadas. Neles é que encontramos a fonte, a identidade de nosso futebol moleque, atrevido, gostosamente irresponsáve

Os campinhos estão desaparecendo. O futebol, paixão e traço cultural incomparável desse povo ainda novo – o brasileiro –, está sendo privatizado. Bater bola, cada vez mais é coisa para campos de society, escolinhas e ginásios de colégios pagos (porque as quadras públicas seguem de mal a pior). E todos sabem que raramente algum craque surge nestes espaços elitizados.
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