
Os casamentos políticos ficaram muito esquisitos. A água junta-se ao óleo. A ex-esquerda festiva vai morar com a direita carrancuda.
A felicidade conjugal só é possível a seis, a dez, a 14. Igualadas as diferenças, o matrimônio vira patrimônio. E os cônjuges conspiram para destruir a união.
Neste domingo (4), a família petista discutiu seus planos para o grande altar de 2012. Foi a voto a sugestão de manutenção do modelo plurimatrimonial.
Um pedaço do petismo, como que saudoso dos velhos tempos, apresentou emendas restritivas.
Uma delas sugeria que o PT desse preferência à busca de noivos com alguma afinidade idelogógica –PSB, PCdoB e PDT, por exemplo.
Ao sentir o cheiro de queimado, o presidente do PT, Rui Falcão, soltou o verbo:
“Quando se coloca esquerda e centro-esquerda se exclui o PMDB, nosso principal aliado nas eleições municipais."
A maioria votou a favor de manter o leque aberto. Afinal, a essa altura, o figurino de noivinha imaculada já não combina com o PT.
Por ora, a ex-virgem da política só não admite o casamento com PSDB, DEM e PPS. Houve quem torcesse o nariz também para o PSD do ex-demo Gilberto Kassab.
A turma de Kassab, porém, foi salva pelo gongo. A falta de quorum evitou a exclusão do PSD, ainda à espera do registro da Justiça Eleitoral.
Ficou acertado que, mais tarde, o diretório do PT decidirá se o PSD pode se incorporar à suruba partidária.
O ímpeto governista tornou os desertores do DEM muito sedutores.
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